Voltar à Lista de Notícias

A NASA dos EUA utiliza material de liga com memória de forma para dobrar a asa do F/A-18 com placa de níquel-titânio.

2024-08-04

A NASA dos EUA utiliza material de liga com memória de forma para dobrar a asa do F/A-18 com placa de níquel-titânio.

  Os engenheiros da NASA utilizaram um novo tipo de material de liga com memória, a liga de níquel-titânio (SMA), para acionar a dobra das asas do caça supersônico F/A-18 Hornet, que pesa 300 libras (136 quilos), marcando um novo avanço na tecnologia aeroespacial de ponta.

  O teste foi realizado no Armstrong Flight Research Center da NASA em Edwards. O experimento utilizou um atuador de tubo de torque feito de uma nova liga de memória de alta temperatura Ni-Ti-HF, capaz de gerar um torque de 5000 polegadas (564 newton-metros).

  De acordo com a NASA, o teste recente faz parte do desenvolvimento do programa de asas adaptativas (SAW). Simplificando o design das aeronaves, eles poderão substituir componentes complexos mecânicos, hidráulicos e freios elétricos por partes ou asas feitas de ligas com memória. Desenvolvida em conjunto pelo Armstrong Flight Research Center, Glenn Research Center, Langley Research Center, Boeing Research and Technology e Area-I, essa soldagem por arco submerso pode reduzir o peso dos atuadores em 80%. A parte crucial é a liga com memória, uma combinação especial de metais que pode "lembrar" sua forma.

  O princípio de funcionamento dos atuadores SMA é o mesmo dessa liga metálica, permitindo que o atuador mude de forma sem a necessidade de motores, polias ou aplicação hidráulica por aquecimento ou outros meios. Um dos focos atuais da NASA é desenvolver asas dobráveis, que serão mais leves, simples, longas, finas, econômicas em combustível e equipadas com estabilizadores.

  Essa tecnologia também permite que as asas das aeronaves se deformem conforme diferentes condições espaciais, podendo até melhorar o desempenho de aviões supersônicos. Com o esforço conjunto do Armstrong Flight Research Center, Glenn Research Center, Langley Research Center, Boeing Research Technology e Area-I, o peso dos atuadores elétricos pode ser reduzido em 80%.

  O segredo está na liga com memória, uma combinação especial de metais que pode "lembrar" sua forma. Em outras palavras, se você esticar uma mola de liga com memória, amassá-la em uma bola e depois aquecê-la, ela voltará à sua forma original. O princípio de funcionamento do atuador SMA é o mesmo. Através do aquecimento ou outro estímulo, o piloto pode alterar sua forma sem a necessidade de motores, polias ou hidráulica.

  O foco atual da NASA é produzir asas dobráveis, que um dia poderão ser mais leves, simples, longas, finas e equipadas com estabilizadores e lemes mais econômicos. Essa tecnologia também permite que as asas das aeronaves se deformem, aproveitando diferentes condições de ar, podendo até melhorar o desempenho de aviões supersônicos. Até agora, os atuadores SMA foram testados em aeronaves protótipo de avaliação tecnológica remotamente controladas (PTRA), mas a NASA está agora instalando atuadores SMA nas asas do F/A-18 Hornet.

  Atualmente, os atuadores SMA já foram testados em aeronaves protótipo de avaliação tecnológica remotamente controladas. Agora, a NASA está realizando testes adicionais no F/A-18 Hornet. Durante os testes, o atuador pode dobrar as asas para cima e para baixo em 90 graus, além de permitir um controle muito preciso. No futuro, essa tecnologia de dobra será aplicada em caças em porta-aviões, que também poderão ser dobrados, simulando condições reais de voo sob carga.

  A NASA informou que os testes do F/A-18 continuarão nos próximos meses até a instalação de um novo atuador, capaz de gerar um torque de 20.000 libras (2260 newton-metros), que poderá ser aplicado nas bordas dianteira e traseira das asas.